sexta-feira, 22 de março de 2013

Anticoncepcionais

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Quando o pesquisador polonês Frank Colton inventou a pílula anticoncepcional "Enovid", em 1952, o mundo começou a se dar conta de que a mulher podia ter o controle sobre sua própria natureza. Era o início da revolução sexual. Não que antes as mulheres não tivessem métodos de evitar a gravidez, mas os hormônios sintéticos contidos nos comprimidos davam uma margem de falha de apenas 5%. Além de domínio sobre seu corpo, a pílula deu a elas o poder de manifestar seus verdadeiros desejos, que nem sempre era o de se casar virgem e constituir uma grande família.

Desde sua invenção, lá se vão mais de 50 anos. Muitas pílulas e combinações de hormônios depois, surgiram novos métodos de se prevenir a gravidez. Os laboratórios, cada vez mais desenvolvidos, inovaram e disponibilizaram no mercado toda sorte de contraceptivos, de inúmeros preços, para todo tipo de mulher. Qualquer um deles pode ser vendido na farmácia ao lado de sua casa.

Em geral, as pílulas são recomendadas para todas as mulheres, mas há casos específicos em que é melhor a utilização de outros métodos

Confira quais são:

Métodos hormonais

Os anticoncepcionais orais, conhecidos como pílula, são usados por cerca de 20% das mulheres casadas ou unidas em idade fértil, entre 15 anos e 49 anos. São comprimidos que contêm dois hormônios sintéticos, o estrogênio e o progestogênio. Os efeitos dos hormônios sintéticos são tão benéficos que também são comumente usados em tratamentos de pêlos, acne e até de ovários polícísticos. Neste último caso, a paciente chega até a perder peso. O uso de hormônios, especialmente das pílulas anticoncepcionais, promove um bloqueio da produção hormonal do ovário e, daí, uma diminuição da produção dos hormônio masculinos, conseqüentemente, diminuição da acne. A relação com estrogênio e progesterona é que as pílulas são constituídas de estrogênio e progestágeno (que funciona como a progesterona).

O ovário policístico é uma decorrência de uma disfunção endócrina que compromete todo o organismo da mulher, e está associado a aumento de peso, aumento da insulina e diabetes, especialmente. Nessas condições, o ovário produz mais hormônios masculinos do que o habitual e por isso o acne e o excesso de pêlos.

Segundo Marcelino Poli, presidente da Comissão Nacional da Anticoncepção, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a pílula é capaz de reduzir os sintomas da Tensão Pré-Menstrual (TPM), na maioria dos casos. Ele explica, no entanto, que os hormônios não são capazes de intensificar os sintomas ou piorar o humor da paciente. "A relação entre pílula e TPM existe, mas não é causal", salienta.

Mas nem tudo são flores. Os hormônios podem, sim, causar varizes e um leve aumento de peso, embora não sejam regra para todas. Em alguns casos, os comprimidos ajudam até a emagrecer. Arnaldo Cambiaghi, coordenador do Instituto Paulista de Ginecologia, Obstetrícia e Reprodução Humana (IPGO), afirma que isso vai depender do organismo da paciente. "Todos esses tratamentos são muito individuais e a resposta varia. Caso seja detectado o aumento de varizes e de peso, a paciente pode fazer exercícios, drenagem linfática, ter uma alimentação melhor", esclarece.

Caso você já esteja convencida a tomar um anticoncepcional hormonal a esta altura da reportagem e está só terminando de ler para correr na farmácia, espere! Segundo Cambiaghi, "em geral, as pílulas são recomendadas para todas as mulheres, mas há casos específicos em que é melhor a utilização de outros métodos. Elas são normalmente contra-indicadas para pacientes com pré-disposição à trombose, embolia ou com outros tipos de riscos". Assim, o ginecologista afirma que é necessário iniciar as dosagens com acompanhamento de um médico. "A paciente precisa ir ao médico para que ele estude o caso. Se for uma pessoa esquecida, que não lembra de tomar a pílula todo dia, há outros métodos. É preciso verificar também se não há nenhum risco para ela", informa.
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