sexta-feira, 22 de março de 2013

Métodos que interrompem a menstruação têm seus prós e contras

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Cólicas, inchaço, dores de cabeça, mau humor… Muitas mulheres sonham em se verem livres desses incômodos característicos do período menstrual. Para isso, há quem recorra aos métodos que interrompem a menstruação. São medicamentos que alteram os hormônios responsáveis pelo espessamento do endométrio, a camada interna do útero, de forma a não deixar que ele espesse, e, portanto, não sangre. Entre os principais métodos estão os anticoncepcionais orais, o dispositivo intra-uterino, vaginal ou subcutâneo, os adesivos cutâneos e os injetáveis.

A ginecologista e obstetra Karina Zulli, do Hospital e Maternidade São Luiz, explica que qualquer mulher pode interromper a menstruação, desde que não haja alguma contra-indicação para uso hormonal contínuo, como doenças pessoais ou familiares, trombose e câncer de mama ou endométrio. “Não existe idade mínima para começar, mas o ideal é apenas que se espere completar o primeiro ano da primeira menstruação – devido à fase de crescimento feminino até este momento. A partir daí, qualquer mulher assistida por um profissional da saúde pode se beneficiar de qualquer um destes métodos”, afirma.

A menstruação pode ficar interrompida por tempo indeterminado, até que haja desejo reprodutivo. “É mito acreditar que anos de exposição ao bloqueio menstrual possa agregar qualquer risco à gestação. Ao longo dos anos, a contar da criação dos anticoncepcionais na década de 60, a quantidade hormonal existente em qualquer um dos métodos oferecidos tornou-se extremamente baixa e, comparativamente à época de lançamento, praticamente inofensiva”, esclarece a ginecologista. “O que fica claro é que as mulheres, através dos anos, postergaram o desejo da maternidade de forma significativa, deixando para decidir após os 35 e perto dos 40 anos. Isso sim é a grande mudança da dificuldade hoje de engravidar, e não o tempo do uso de qualquer método para evitar menstruação”.

Entre os benefícios apresentados, estão a redução da incidência de tumor de ovário, tratamento da TPM, e bons resultados em relação à cura ou amenização das cólicas. Mas assim como qualquer método hormonal, os que interrompem a menstruação podem apresentar algum efeito colateral. Por isso é de suma importância que tudo seja feito com assistência médica. Entre as queixas mais comuns de pacientes, estão a retenção de líquido e dores de cabeça, mas é preciso avaliar cada caso antes de afirmar que a causa é apenas por culpa do hormônio. De qualquer forma, é recomendável escolher os que possuem a menor quantidade hormonal, ou apenas um hormônio único na fórmula. “Há uma ampla gama de métodos com a mesma finalidade disponíveis hoje no mercado, e certamente existe algum que pode trazer mais benefício que desconfortos colaterais. Raras pacientes não conseguem se beneficiar de qualquer um dos métodos, ou qualquer posologia, e acabam precisando realmente lidar com os ciclos menstruais”, explica. Veja outros métodos.
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